quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Alguns "mandamentos" da Língua Portuguesa dos Mineirin.


A:
Antisdonte: “antes de ontem”
B:
Belzont: “capital de Minas Gerais”.
C:
Cadiquê: “por causa de quê”
D:
Dendapia:"dentro da pia”
E:
Embadapia: “debaixo da pia”
Émezzz:"é mesmo”
K:
Kidicarne:"kilo de carne”
L:
Lidileite: “litro de leite”

M:

Magrilin: “magrinho”
Minerin: "mineirinho”
N:
Negocin : "coisa pequena”.
Némêss: “Não é mesmo”
Nóoo: “Nossa”
O:
Óiaí: “olha aí”
P:
Prestenção."presta atenção”
Q:
Quainahora:"quase na hora”
Quiném: “igual”
S:
Sapassado:" sábado passado"
Secetembro:"sete de setembro”
T:
Tirisdaí: “tira isso daí”
V:
Vidiperfumi: “vidro de perfume”




quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Gestar II



O programa Gestão de Aprendizagem - Gestar II,é voltado para as áreas de Língua Portuguesa e Matemática, uma iniciativa do Ministério da Educação para o ano de 2008-2009.
O Gestar II é destinado aos professores que atuam nos anos-séries finais do Ensino Fundamental da rede pública e objetiva a formação continuada ampla pelo aprofundamento teórico-metodológico para que sejam alcançadas melhorias nas práticas pedagógicas.
O foco do programa é a atualização dos saberes profissionais por meio de subsídios e do acompanhamento da ação do professor no próprio local de trabalho. Sendo que a sua proposta pedagógica baseia-se na concepção sócio-construtivista do processo de ensino-aprendizagem. Assim aluno e professor constroem juntos o conhecimento em sala de aula , por meio de uma relação interdependente, apoiada no interesse e na participação do professor como mediador entre os alunos e o conhecimento social e historicamente construído.


terça-feira, 25 de agosto de 2009

Gêneros Textuais - Marcuschi


Gênero Textual segundo Marcuschi é o trabalho com a leitura, compreensão e a produção escrita em Língua Materna,deve ter como meta primordial o desenvolvimento do aluno e suas habilidades fazendo com que ele tenha capacidade de usar um número sempre maior de recursos da língua para produzir efeitos de sentido de forma adequada a cada situação específica de interação humana.

Luiz Antônio Marcuschi defende o trabalho com textos partir da abordagem do Gênero Textual.

Marcuschi não demonstra favorabilidade ao trabalho com a Tipologia Textual, uma vez que, para ele, o trabalho fica limitado, trazendo para o ensino alguns problemas, uma vez que não é possível, por exemplo, ensinar narrativa em geral, porque, embora possamos classificar vários textos como sendo narrativos, eles se concretizam em formas diferentes

Marcuschi afirma que os livros didáticos trazem, de maneira equivocada, o termo tipo de texto. Na verdade, para ele, não se trata de tipo de texto, mas de gênero de texto. O autor diz que não é correto afirmar que a carta pessoal, por exemplo, é um tipo de texto como fazem os livros. Ele atesta que a carta pessoal é um Gênero Textual.

O autor diz que em todos os gêneros os tipos se realizam, ocorrendo, muitas das vezes, o mesmo gênero sendo realizado em dois ou mais tipos. Ele apresenta uma carta pessoal como exemplo, e comenta que ela pode apresentar as tipologias descrição, injunção, exposição, narração e argumentação.

Aspecto interessante a se observar é que Marcuschi afirma que os gêneros não são entidades naturais, mas artefatos culturais construídos historicamente pelo ser humano. Um gênero, para ele, pode não ter uma determinada propriedade e ainda continuar sendo aquele gênero. Ele diz, ainda, que uma publicidade pode ter o formato de um poema ou de uma lista de produtos em oferta. O que importa é que esteja fazendo divulgação de produtos, estimulando a compra por parte de clientes ou usuários daquele produto.

Para Marcuschi, Tipologia Textual é um termo que deve ser usado para designar uma espécie de seqüência teoricamente definida pela natureza lingüística de sua composição.Segundo ele, o termo Tipologia Textual é usado para designar uma espécie de seqüência teoricamente definida pela natureza lingüística de sua composição Gênero Textual é definido pelo autor como uma noção vaga para os textos materializados encontrados no dia-a-dia e que apresentam características sócio-comunicativas definidas pelos conteúdos, propriedades funcionais, estilo e composição característica.


segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Memorial de Leitura.


Meu Primeiro contato com a escola iniciou- se aos 6 anos quando fui ao primeiro dia de aula acompanhada pela minha mãe.Uma grande curiosidade aconteceu naquele dia,minha mãe conta que eu não queria ficar na escola e pedi que ela ficasse comigo,então minha professora "Tia Leninha" com todo carinho e dedicação conseguiu me distrair falando que minha mãe me esperaria do lado de fora e eu lógico com toda inocência de criança acreditei,mal sabia eu que minha mãe tinha voltado para casa e eu nem tinha dado conta disso.No segundo dia de aula quando minha mãe foi me levar na escola disse a ela que não precisava mais me esperar,pois eu não tinha mais medo de ficar sozinha e assim tudo começou.Minha primeira escola se chamava escola infantil "Cosme e Damião",Tia Leninha sempre teve muito carinho com todos os alunos e o sentimento foi recíproco tanto é que até hoje a chamo de tia.

Alguns anos depois já na escola estadual "Santa Rosa"sendo ela de 1ª a 4ª série tudo mudou,as dificuldades começaram a surgir e a matemática(sem comentários).As professoras de séries iniciais adotaram como incentivo o "Cantinho da leitura"que funcionava da seguinte maneira:o aluno escolhia um livro,levava para casa e ao terminar preenchia um relatório com dados daquela obra(autor, editora , ilustração...) e relatava para toda turma dando ênfase no que mais lhe tinha chamado atenção.

Passaram-se anos já na adolescente sempre que eu ia à biblioteca para a escolha de um livro procurava logo livros da coleção Vaga-lume,o meu primeiro livro preferido inclusive é dessa coleção ,se chama A vida secreta de Jonas,ele chamou minha atenção não só por ser de uma editora que eu gostava mas também por conter no título o nome do meu irmão mais novo.
Os anos foram passando e já não havia tanto tempo para dedicar a leitura,pois os conteúdos já não eram os mesmos,veio a física,a química e a matemática(cada vez mais difícil).E só voltei a adquirir o hábito de leitura quando ingressei para a faculdade de Letras ,e então assim fui lendo alguns livros que a professora sugeria, daí surgiram os meus outros dois livros preferidos Lucíola(José de Alencar)e A hora da Estrela(Clarice Lispector).
Hoje,após o término da faculdade tenho muito orgulho em trabalhar na secretaria da escola onde conclui a minha formação básica além de me sentir muito feliz em ser colegas de profissão de pessoas que foram tão importantes e presentes em minha vida estudantil.


Resenha do Filme "Narradores de Javé"



O filme conta a história de um povoado chamado Vale do Javé, que em pouco tempo seria inundado para a construção de uma usina hidrelétrica. A única forma de salvar o povoado da inundação seria transformá-lo num patrimônio histórico a ser preservado. Os moradores locais resolvem então escrever, de forma “científica”, a história do povoado, a única riqueza que possuíam e que poderia salvá-los da tragédia. E a missão de recuperar a história em um livro ficou a cargo de Antônio Biá, a única pessoa alfabetizada. Biá era um homem mentiroso e havia sido expulso do povoado por ter inventado mentiras sobre os moradores, um artifício para aumentar a circulação local de cartas e manter em funcionamento sua agência de correios.

Todos se uniram nesse único propósito: resgatar a memória do povoado e salvá-lo do esquecimento. O que Biá não imaginava é que sua missão de escrever o “Livro da Salvação” fosse tão difícil. Ao ouvir os diversos relatos , Biá se depara com várias histórias e diferentes. No primeiro relato, o fundador de Javé era um guerreiro em retirada que, juntamente com seus companheiros de guerra, encontrou ali um lugar seguro. Já na versão de uma moradora,Maria Dina e para um morador negro, o fundador de Javé era um africano. Ou seja, a história é sempre a mesma, mas os heróis são trocados de acordo com o narrador, que defende, com toda garra, a veracidade de sua versão.

O desenrolar do filme chama a atenção para uma questão importante: a interferência do narrador na história pode ser diferente da história verdadeira, pois é contada sob a visão de quem a escreve ou narra. É como disse o próprio Biá: “uma coisa é o fato ocorrido, outra coisa é o fato escrito”. Ao escrever ou narrar um fato, a pessoa insere nele suas próprias emoções e interpretações, seus sentimentos e experiências de vida